quinta-feira, 28 de julho de 2016

Formação de língua portuguesa - leitura e escrita de textos. Sequencia didática "Cocô de passarinho"

Sequencia Didática "Cocô de Passarinho" (Eva Furnari) – leitura e escrita
Objetivos:
·          Ler para compreender o sentido do texto;
·         Conhecer a estrutura e especificidades do gênero narrativo;
·          Refletir, analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e irregularidades gramaticais e ortográficas presentes no texto;
·         Observar o uso da pontuação e usa-la para manter o sentido original do texto;
·         Fazer uso do discurso direto utilizando a pontuação necessária a essa situação;
·         Observar, analisar e produzir textos com base em bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades do gênero que esta sendo trabalhado.
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Resenha do livro:
Essa é a história de dois problemas e uma solução, vividos pelos seis únicos habitantes de uma cidade minúscula. Primeiro: toda tarde eles se reuniam para conversar na pracinha e toda tarde os passarinhos faziam cocô na cabeça deles. Segundo: eles nunca tinham assunto para conversar. Mas um dia passa um vendedor ambulante passa pela cidade e as coisas finalmente começam a mudar.
ANTES DA LEITURA
Conhecendo um pouco mais sobre a autora e ilustradora Eva Funari:
Ilustradora e escritora de livros infantis, Eva Funari nasceu em Roma, na Itália, no ano de 1948, mas veio para o Brasil com menos de três anos de idade. Formou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, no ano de 1976.
“Na minha família são todos engenheiros, físicos e químicos, então eu vacilei um pouco em assumir a minha carreira artística. A arquitetura me oferecia um meio termo: não era nem a arte pura nem a ciência exata.”
Foi na universidade que começou a desenhar histórias, uma brincadeira entre amigos, com a criação de personagens para os adultos. Tornou-se professora de desenho, pintura, escultura e gravura no atelier de Artes Plásticas Lasar Segall e ilustradora em diversos jornais e revistas. Quando teve seu primeiro filho, Eva Furnari foi atraída pela literatura infantil e começou a fazer ‘ilustração narrativa’ destinada a crianças bem pequenas.
“A primeira história, na verdade, foi uma coleção bem simples para crianças não alfabetizadas. Dessa coleção de quatro livros tinham dois com pequenas histórias e dois para crianças ainda mais novinhas que falavam de coisas bem cotidianas e de coisas que acontecem só de vez em quando”.
Em 1980, desenhando para o jornal Folha de São Paulo, criou a ‘Bruxinha’, personagem mais popular de suas criações. Segundo Eva, a Bruxinha começou apenas como uma tirinha para jornal, foi evoluindo, aprimorando-se durante seis ou sete anos, e só então se tornou livro. Com a publicação ela desenvolveu a capacidade de escrever. Inspiração e muito trabalho tornaram-se seu dia-a-dia. Eva conta que sempre trabalha um texto a partir de uma imagem. Mas pratica muito para chegar ao resultado final.
“Eu fico recolhida de olhos fechados para abrir a portinha para o universo dos sonhos e as idéias vêm e as personagens ganham vida”.
Então ela escreve, reescreve, consulta pessoas, dicionários, volta a mexer, até chegar à conclusão de que o trabalho está bom. O resultado de tanta dedicação são cinqüenta livros infantis publicados, mais de 3 milhões de exemplares vendidos no Brasil, América Latina e Europa e importantes prêmios, como o Jabuti, APCA e Fundação Nacional do Livro.
“Eu gosto muito de escrever para as crianças porque elas são exigentes e sinceras”.
A possibilidade de incentivar o gosto pela leitura e despertar o jovem para importantes questões do dia-a-dia também são atrativos para Eva escrever e desenhar. Vale lembrar que alguns de seus livros - como ‘Lolo Barnabé’, ‘Pandolfo Bereba’, ‘Abaixo das Canelas’, ‘Cocô de Passarinho’, ‘A Bruxa Zelda e os 80 docinhos’ - já foram adaptados para o teatro, sendo que ‘Truks’ recebeu o prêmio Mambembe em 94.
Eva Funari em auto-retrato. Caracterizada com as roupas da ‘Bruxinha’, personagem com a qual ganhou fama.
DURANTE A LEITURA
·         Antecipações justificadas, feitas a partir de uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
·         Leitura compreensiva e interpretativa da primeira parte do livro.
1) Explique o que a autora sugere ao dizer:
a) “Sentavam-se no mesmo lugar e diziam as mesmas coisas.”
b) “Um mês depois o assunto das conversas foi aumentanto.

2) A festa marca uma situação especial. Qual é a importância dela para o entendimento da história?

APÓS A LEITURA
·         Exposição oral dos textos produzidos para apreciação da sala e confronto de idéias: As sugestões foram as mesmas? Quais foram as mais interessantes?
·         Conversa sobre a solução trazida pela autora: Ela foi criativa? Por quê? Vocês tinham pensado nessa solução quando escreveram cartas aos moradores da cidade?





Sequencia didática – produção textual

1.       Texto fatiado (ordenar e ilustrar) – enfocando a coerência de ações e a cronologia do texto.
2.       Reescrita coletiva (na lousa ou em papel pardo) – a classe escolhe quem será o redator e o professor só interfere quando ou se houver necessidade.
3.       Produção textual – (propor que escrevam uma carta para os habitantes da cidade com sugestões para ajudá-los a solucionar o problema em questão) em dupla com base em modelo que contenham as especificidades de uma carta.
4.       Pesquisa sobre as espécies de passarinhos mais comuns nas cidades brasileiras (internet);
5.       Produção de ficha técnica – com principais informações sobre os pássaros pesquisados (ver modelo);
6.       Produção de texto informativo - com base em modelo (em duplas);
Correção no retro projetor:
1) Um texto que não seguiu a estrutura e a linguagem formal necessária ao gênero;
2) Um texto onde houve muitos erros ortográficos (os mais frequentes na sala);
3) Correção com legenda dos demais textos visualizando o fim social – exposição para os colegas de sala.
- Exposição escrita, cartazes com texto e ilustrações, dos textos produzidos para apreciação da sala;
- Bingo ortográfico com as dificuldades encontradas nas produções;
Socialização: O que foi importante no trabalho com o livro “Cocô de passarinho”?
Questionário interpretativo:
1) Como se chama o livro estudado?
2) Que outro título você daria a historia?
3) Descreva como era a cidade inicialmente.
4) Como viviam os moradores da cidade?
5) E os passarinhos?
6) Que tipo de problemas os moradores tinham que resolver (conflito)? Conseguiram? Como solucionaram (desfecho)?
7) O que aconteceu com a conversa dos moradores?
8) Que mudança ocorreu nas suas vidas?
9) E na vida dos passarinhos?
10) Qual mensagem a autora quer nos transmitir? Como você chegou a esta conclusão?
11) As ilustrações apresentadas pelo livro são interessantes? Por quê?
12) A história trazida pelo livro é interessante? Por quê?
13) Você conhece outros trabalhos da autora? Quais? Você os acha interessante?

Modelo da ficha técnica:

FICHA TÉCNICA

Passarinho escolhido__________________________________

Nome científico:__________________________________

Nome popular:___________________________________

Tamanho:_________________________________

Espécie:___________________________________

Local onde é encontrado:________________________________

Hábitat:___________________________________

Alimentação:_______________________________

Modo de viver:_____________________________________

Pode ser domesticado:_______________________________

Curiosidade:_______________________________

Motivo da busca:____________________________________



Texto fatiado:
Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes. Todo
...fim de tarde eles se reuniam para conversar na praça.
Sentavam-se sempre no mesmo lugar e diziam as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também estavam sempre nos mesmos lugares e piavam as mesmas coisas.
Os moradores da cidade tinham...
...um grande problema.
Todos os dias os passarinhos faziam cocô na cabeça deles e isso os deixava bastante aborrecidos.
Um dia se reuniram, na praça mesmo, para achar uma solução para o problema.
Depois de duas horas de discussão chegaram num acordo.
Usariam chapéus.
Passaram então a ficar elegantes, cada um com o seu. Por algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando...
... ele se distraiu os passarinhos comeram muitas sementinhas das cestas. E a conversa dos...
...passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois nasceram muitas e diferentes plantas nos chapéus.
Nas plantas sugiram ninhos e estes se encheram de ovinhos.
Depois de três meses nasceram os filhotes. E os moradores passaram a discutir quais seriam os nomes dados aos novos moradores.
Um ano depois, organizaram a festa de um ano do chapéu, sabe quem era o convidado de honra? O vendedor...
...de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos faziam a maior algazarra e os moradores da cidade eram só generosidade e harmonia. Até já imaginavam a festa do ano seguinte.
E a conversa nunca mais foi a mesma.
Cocô de passarinho
Eva Furnari




Pontuando o texto:
Pontue o trecho retirado do livro, de forma a inferir a significação original e usando os sinais necessários à situação:
“Três meses depois____
____Nasceram os filhotes ____Vamos escolher os nome_____
____Que tal Pasqautela____Zebertelha e Pedregulha____
____Não tem graça____
Quatro meses depois____
____Eu gosto mais quando eles dançam rumba____
____Eu não____prefiro lambada____Faz mais a minha cabeça____”





















A gramática no texto (concordância e tempo verbal):
Complete as lacunas do texto com o verbo que esta entre parênteses. Não esqueça que o fato já ocorreu e os personagens principais da história são os moradores e os passarinhos:
Cocô de passarinho
Eva Furnari

Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes. Todo fim de tarde eles se _____________ (reunir) para conversar na praça.
__________-se (sentar) sempre no mesmo lugar e __________ (dizer) as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também __________ (estar) sempre nos mesmos lugares e __________(piar) as mesmas coisas.
Os moradores da cidade __________ (ter) um grande problema. Todos os dias os passarinhos __________ (fazer) cocô nas suas cabeça e isso os deixava bastante aborrecidos.
Um dia se _____________ (reunir), na praça mesmo, para achar uma solução para o problema. Depois de duas horas de discussão __________ (chegar) num acordo.
___________ (usar) chapéus. __________ (passar) então a ficar elegantes, cada um com o seu. Por algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando ele se distraiu os passarinhos __________ (comer) muitas sementinhas das cestas. E a conversa dos passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois __________ (nascer) muitas e diferentes plantas nos chapéus.
Nas plantas __________ (surgir) ninhos e estes se __________ (encher) de ovinhos.
Depois de três meses __________ (nascer) os filhotes. E os moradores __________ (passar) a discutir quais seriam os nomes dados aos novos moradores.
Um ano depois, __________ (organizar) a festa de um ano do chapéu, sabe quem era o convidado de honra? O vendedor de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos __________ (fazer) a maior algazarra e os moradores da cidade __________ (ser) só generosidade e harmonia. Até já __________ (imaginar) a festa do ano seguinte.

E a conversa nunca mais foi a mesma.

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