Material fornecido por Ana Paula Noveli no curso "Práticas de Linguagem" - Alfredina Nery
SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE LEITURA
GATO MALHADO E ANDORINHA SINHÁ
Ano do ciclo- 4º e 5ºanos
Duração- meses de setembro e
outubro de 2011
OBJETIVOS
1- Propiciar
aos alunos a leitura de uma história envolvente e com conceitos qualificados de
uma boa narrativa;
2- Ampliar
o repertório dos alunos;
3- Desenvolver
habilidades leitoras nos alunos;
ETAPAS
Antes da leitura
·
Levantar com as crianças o que elas sabem sobre
o autor e o ilustrador;
·
Explorar a capa, a contracapa e as orelhas do
livro;
·
Levantar as hipóteses que as crianças têm sobre
a história tratada;
·
Apresentar a biografia do autor e ilustrador;
Durante a leitura
·
Realizar a leitura compartilhada em capítulos;
·
Antecipar o que irá acontecer no próximo
capítulo;
·
Retomar o capítulo anterior (pela imagem e pela
memória);
·
Realizar uma roda de comentários sobre o
capítulo lido;
Depois da leitura
·
Verificar as hipóteses levantadas pelas
crianças;
·
Realizar uma roda de comentários sobre as
opiniões dos alunos depois de terminada a leitura do livro;
·
Exploração mais específica dos parêntesis que o
livro traz e também do Posfácio;
·
Apresentação da biografia da Tatiana Belinky;
·
Utilização do dicionário para as palavras
desconhecidas do texto;
·
Assistir com as crianças os vídeos que o Youtube
tem sobre a história;
·
Pedir para que aos alunos leiam novamente o
livro, agora sem interrupções;
BIOGRAFIAS

Jorge
Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de
agosto de 1912 —
Salvador,
6 de
agosto de 2001)
foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de
todos os tempos.
Ele é
o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos
como Tieta do Agreste,
Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra
são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de
Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão,
além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros
foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em
fitas gravadas para cegos.
Amado
foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo
Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser
reconhecida com o Prêmio Camões, o Nobel da língua portuguesa.
Existem dúvidas sobre o exato
local de nascimento de Jorge Amado. Alguns biógrafos indicam que o seu
nascimento se deu na Fazenda Auricídia, à época município de Ilhéus. Mais tarde as terras da fazenda
Auricídia ficaram no atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito
ilheense de Pirangy. Entretanto, é certo que Jorge Amado foi registrado no
povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.
No ano seguinte ao de seu
nascimento, uma praga de varíola obriga a
família a deixar a fazenda e se
estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, que lhe serviu de inspiração para
vários romances. Foi para o Rio de Janeiro,
então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então
Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade
Nacional de Direito da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de
discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o
movimento comunista organizado.
Foi jornalista,
e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista,
como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e
injustiças sociais, o folclore, a política,
crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim
para a divulgação deste aspecto do mesmo. Suas obras são umas das mais
significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma
literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito deputado
federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o
que lhe rendeu fortes pressões políticas. Era casado com Zélia
Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Com
ela teve três filhos: João Jorge, sociólogo,
Paloma, e Eulália. Viveu exilado na Argentina e
no Uruguai
(1941 a 1942), em Paris
(1948 a 1950) e em Praga
(1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos
autorais dos seus livros. Na década
de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas
economias pessoais, com a falência do Banco
Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas
economias, já que o banco acabou socorrido pelo Proer, controvertido
programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O
drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que
defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus correntistas.

Durante a época que morou no
Rio de Janeiro, foi escoteiro. Lá, era costume cada um ser identificado por um
nome de peixe e ele recebeu o apelido de de Carybé (nome de um tipo de piranha). O artista usou-o então como
alcunha no lugar do seu nome de batismo, muito parecido com o do seu irmão,
também pintor.[1]
Fez cinco mil trabalhos, entre
pinturas, desenhos, esculturas e esboços. Ilustrou livros de Jorge Amado e Cem Anos de Solidão
de Gabriel García
Márquez. Era obá de Xangô, posto honorífico do candomblé. Faleceu na varanda da casa de
Xangô, do Ilê Axé Opô Afonjá, lugar que adorava.
Uma parte da obra de Carybé se
encontra no Museu
Afro-Brasileiro de Salvador. São 27 painéis representando os orixás do candomblé da Bahia. Cada prancha
apresenta um orixá com suas armas e animal litúrgico. Foram confeccionadas em
madeira de cedro, com trabalhos de entalhe e
incrustações de materiais diversos, para atender a uma encomenda do antigo
Banco da Bahia S.A., atual Banco BBM S.A., que os instalou em sua agência da
Avenida Sete de Setembro, no ano de 1968.

Nasceu
em São Petersburgo (Rússia) no dia 18 de março de 1919. Chegou com a família ao
Brasil aos dez anos de idade, fugindo das guerras civis que assolavam a então União Soviética. Nesta altura, Tatiana já falava
russo, alemão e letão.
Aos
dezoito anos, após concluir um curso preparatório, começou a trabalhar como
secretária-correspondente bilíngue, nos idiomas português e inglês. Aos vinte
ingressou no curso de Filosofia da Faculdade São Bento, mas abandonou-o em
seguida, quando se casou com o médico e educador Júlio
Gouveia, em 1940. O casal teve dois filhos.
No ano
de 1948, começa a
trabalhar em adaptações, traduções e criações de peças infantis para a
prefeitura de São Paulo em parceria com o marido. Em 1952 encenam "Os Três
Ursos" em pedido da TV Tupi, que atinge grande sucesso. O êxito deste trabalho
foi definitivo para a carreira da escritora iniciante: o casal é convidado a
ter um programa fixo na emissora. Dentro da casa, Tatiana e Júlio fazem a
primeira adaptação de o "Sítio do Picapau Amarelo", de Monteiro
Lobato. O trabalho do casal na Tupi seguiria até 1966. Neste ínterim,
Tatiana Belinky recebe seus primeiros prêmios como escritora, além de tornar-se
presidente da CET (Comissão Estadual de Teatro de São Paulo).
Em
1972 passa a trabalhar na TV Cultura e em grandes jornais do estado de São Paulo,
como a Folha de São Paulo, o Jornal
da Tarde e O Estado de São Paulo, escrevendo artigos,
crônicas e crítica de literatura infantil.
Finalmente,
em 1985, Tatiana Belinky desponta como escritora de livros, colaborando em uma
série infanto-juvenil. Em 1987 publica o primeiro livro:
"Limeriques", pela editora FTD, baseando-se nos limericks
irlandeses. A partir desta publicação, Tatiana passa a trabalhar fervorosamente
sobre novas criações, chegando a escrever mais de cem obras. Suas publicações
são acompanhadas por vários prêmios literários, entre eles o célebre Prêmio
Jabuti, recebido em 1989.
De sua
vasta obra, destacam-se "Coral dos Bichos", "Limeriques",
"O Grande Rabanete", "Di-versos russos", "Limerique
das Coisas Boas", entre outros.
Em 2010, no dia 15 de abril
ocorreu a sessão de posse da Academia Paulista de Letras, passando a
ocupar a cadeira 25 e tendo sido recebida pelo Acadêmico Francisco
Marins.
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