Objetivos:
·
Ler para
compreender o sentido do texto;
·
Conhecer a estrutura e especificidades do gênero
narrativo;
·
Refletir,
analisar, criar hipóteses e concluir sobre o uso das regularidades e
irregularidades gramaticais e ortográficas presentes no texto;
·
Observar o uso da pontuação e usa-la para manter
o sentido original do texto;
·
Fazer uso do discurso direto utilizando a
pontuação necessária a essa situação;
·
Observar, analisar e produzir textos com base em
bons modelos de forma coesa e coerente, seguindo as especificidades do gênero
que esta sendo trabalhado.
Resenha do livro:
Essa é a história de dois problemas e uma solução, vividos
pelos seis únicos habitantes de uma cidade minúscula. Primeiro: toda tarde eles
se reuniam para conversar na pracinha e toda tarde os passarinhos faziam cocô
na cabeça deles. Segundo: eles nunca tinham assunto para conversar. Mas um dia
passa um vendedor ambulante passa pela cidade e as coisas finalmente começam a
mudar.
ANTES DA LEITURA
Conhecendo um pouco
mais sobre a autora e ilustradora Eva Funari:
Ilustradora e escritora de livros infantis, Eva Funari
nasceu em Roma, na Itália, no ano de 1948, mas veio para o Brasil com menos de
três anos de idade. Formou-se em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo, no ano de 1976.
“Na minha família são todos engenheiros, físicos e químicos,
então eu vacilei um pouco em assumir a minha carreira artística. A arquitetura
me oferecia um meio termo: não era nem a arte pura nem a ciência exata.”
Foi na universidade que começou a desenhar histórias, uma
brincadeira entre amigos, com a criação de personagens para os adultos.
Tornou-se professora de desenho, pintura, escultura e gravura no atelier de
Artes Plásticas Lasar Segall e ilustradora em diversos jornais e revistas.
Quando teve seu primeiro filho, Eva Furnari foi atraída pela literatura
infantil e começou a fazer ‘ilustração narrativa’ destinada a crianças bem
pequenas.
“A primeira história, na verdade, foi uma coleção bem
simples para crianças não alfabetizadas. Dessa coleção de quatro livros tinham
dois com pequenas histórias e dois para crianças ainda mais novinhas que
falavam de coisas bem cotidianas e de coisas que acontecem só de vez em
quando”.
Em 1980, desenhando para o jornal Folha de São Paulo, criou
a ‘Bruxinha’, personagem mais popular de suas criações. Segundo Eva, a Bruxinha
começou apenas como uma tirinha para jornal, foi evoluindo, aprimorando-se
durante seis ou sete anos, e só então se tornou livro. Com a publicação ela
desenvolveu a capacidade de escrever. Inspiração e muito trabalho tornaram-se
seu dia-a-dia. Eva conta que sempre trabalha um texto a partir de uma imagem.
Mas pratica muito para chegar ao resultado final.
“Eu fico recolhida de olhos fechados para abrir a portinha
para o universo dos sonhos e as idéias vêm e as personagens ganham vida”.
Então ela escreve, reescreve, consulta pessoas, dicionários,
volta a mexer, até chegar à conclusão de que o trabalho está bom. O resultado
de tanta dedicação são cinqüenta livros infantis publicados, mais de 3 milhões
de exemplares vendidos no Brasil, América Latina e Europa e importantes prêmios,
como o Jabuti, APCA e Fundação Nacional do Livro.
“Eu gosto muito de escrever para as crianças porque elas são
exigentes e sinceras”.
A possibilidade de incentivar o gosto pela leitura e
despertar o jovem para importantes questões do dia-a-dia também são atrativos
para Eva escrever e desenhar. Vale lembrar que alguns de seus livros - como
‘Lolo Barnabé’, ‘Pandolfo Bereba’, ‘Abaixo das Canelas’, ‘Cocô de Passarinho’,
‘A Bruxa Zelda e os 80 docinhos’ - já foram adaptados para o teatro, sendo que
‘Truks’ recebeu o prêmio Mambembe em 94.
Eva Funari em auto-retrato. Caracterizada com as roupas da
‘Bruxinha’, personagem com a qual ganhou fama.
DURANTE A
LEITURA
·
Antecipações justificadas, feitas a partir de
uma primeira visualização das figuras que compõem o livro.
·
Leitura compreensiva e interpretativa da
primeira parte do livro.
1) Explique o que a autora sugere ao dizer:
a) “Sentavam-se no mesmo lugar e diziam as
mesmas coisas.”
b) “Um mês depois o assunto das conversas
foi aumentanto.
2) A festa marca uma situação especial.
Qual é a importância dela para o entendimento da história?
APÓS A
LEITURA
·
Exposição oral dos textos produzidos para
apreciação da sala e confronto de idéias: As sugestões foram as mesmas? Quais
foram as mais interessantes?
·
Conversa sobre a solução trazida pela autora:
Ela foi criativa? Por quê? Vocês tinham pensado nessa solução quando escreveram
cartas aos moradores da cidade?
Sequencia
didática – produção textual
1.
Texto fatiado (ordenar e ilustrar) – enfocando a
coerência de ações e a cronologia do texto.
2.
Reescrita coletiva (na lousa ou em papel pardo)
– a classe escolhe quem será o redator e o professor só interfere quando ou se
houver necessidade.
3.
Produção textual – (propor que escrevam uma
carta para os habitantes da cidade com sugestões para ajudá-los a solucionar o
problema em questão) em dupla com base em modelo que contenham as
especificidades de uma carta.
4.
Pesquisa sobre as espécies de passarinhos mais
comuns nas cidades brasileiras (internet);
5.
Produção de ficha técnica – com principais
informações sobre os pássaros pesquisados (ver modelo);
6.
Produção de texto informativo - com base em
modelo (em duplas);
Correção no
retro projetor:
1) Um texto que não seguiu a estrutura e a linguagem formal
necessária ao gênero;
2) Um texto onde houve muitos erros ortográficos (os mais frequentes
na sala);
3) Correção com legenda dos demais textos visualizando o fim
social – exposição para os colegas de sala.
- Exposição escrita, cartazes com texto e ilustrações, dos
textos produzidos para apreciação da sala;
- Bingo ortográfico com as dificuldades encontradas nas
produções;
Socialização: O que foi importante no trabalho com o livro
“Cocô de passarinho”?
Questionário
interpretativo:
1) Como se chama o livro estudado?
2) Que outro título você daria a historia?
3) Descreva como era a cidade inicialmente.
4) Como viviam os moradores da cidade?
5) E os passarinhos?
6) Que tipo de problemas os moradores tinham que resolver
(conflito)? Conseguiram? Como solucionaram (desfecho)?
7) O que aconteceu com a conversa dos moradores?
8) Que mudança ocorreu nas suas vidas?
9) E na vida dos passarinhos?
10) Qual mensagem a autora quer nos transmitir? Como você
chegou a esta conclusão?
11) As ilustrações apresentadas pelo livro são
interessantes? Por quê?
12) A história trazida pelo livro é interessante? Por quê?
13) Você conhece outros trabalhos da autora? Quais? Você os
acha interessante?
Modelo da ficha
técnica:
FICHA TÉCNICA
Passarinho escolhido__________________________________
Nome científico:__________________________________
Nome popular:___________________________________
Tamanho:_________________________________
Espécie:___________________________________
Local onde é encontrado:________________________________
Hábitat:___________________________________
Alimentação:_______________________________
Modo de viver:_____________________________________
Pode ser domesticado:_______________________________
Curiosidade:_______________________________
Motivo da busca:____________________________________
Texto fatiado:
Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes.
Todo
...fim de tarde eles se reuniam para conversar na praça.
Sentavam-se sempre no mesmo lugar e diziam as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também estavam sempre nos mesmos
lugares e piavam as mesmas coisas.
Os moradores da cidade tinham...
...um grande problema.
Todos os dias os passarinhos faziam cocô na cabeça deles e
isso os deixava bastante aborrecidos.
Um dia se reuniram, na praça mesmo, para achar uma solução
para o problema.
Depois de duas horas de discussão chegaram num acordo.
Usariam chapéus.
Passaram então a ficar elegantes, cada um com o seu. Por
algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele
vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando...
... ele se distraiu os passarinhos comeram muitas
sementinhas das cestas. E a conversa dos...
...passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas
mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois nasceram muitas e
diferentes plantas nos chapéus.
Nas plantas sugiram ninhos e estes se encheram de ovinhos.
Depois de três meses nasceram os filhotes. E os moradores
passaram a discutir quais seriam os nomes dados aos novos moradores.
Um ano depois, organizaram a festa de um ano do chapéu, sabe
quem era o convidado de honra? O vendedor...
...de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos
faziam a maior algazarra e os moradores da cidade eram só generosidade e
harmonia. Até já imaginavam a festa do ano seguinte.
E a conversa nunca mais foi a mesma.
Cocô de passarinho
Eva Furnari
Pontuando o texto:
Pontue o trecho
retirado do livro, de forma a inferir a significação original e usando os
sinais necessários à situação:
“Três meses depois____
____Nasceram os filhotes ____Vamos escolher os nome_____
____Que tal Pasqautela____Zebertelha e Pedregulha____
____Não tem graça____
Quatro meses depois____
____Eu gosto mais quando eles dançam rumba____
____Eu não____prefiro lambada____Faz mais a minha
cabeça____”
A gramática no texto (concordância e tempo verbal):
Complete as lacunas do texto com o verbo que esta entre
parênteses. Não esqueça que o fato já ocorreu e os personagens principais da
história são os moradores e os passarinhos:
Cocô de passarinho
Eva Furnari
Era uma vez uma cidade bem pequena. Tinha seis habitantes.
Todo fim de tarde eles se _____________ (reunir) para conversar na praça.
__________-se (sentar) sempre no mesmo lugar e __________
(dizer) as mesmas coisas.
Os passarinhos da praça também __________ (estar) sempre nos
mesmos lugares e __________(piar) as mesmas coisas.
Os moradores da cidade __________ (ter) um grande problema.
Todos os dias os passarinhos __________ (fazer) cocô nas suas cabeça e isso os
deixava bastante aborrecidos.
Um dia se _____________ (reunir), na praça mesmo, para achar
uma solução para o problema. Depois de duas horas de discussão __________
(chegar) num acordo.
___________ (usar) chapéus. __________ (passar) então a
ficar elegantes, cada um com o seu. Por algum tempo a conversa mudou um pouco.
Até que um dia passou um vendedor ambulante pela cidade. Ele
vendia flores e sementes. Ninguém comprou, mas quando ele se distraiu os
passarinhos __________ (comer) muitas sementinhas das cestas. E a conversa dos
passarinhos também mudou um pouco.
Na semana seguinte um dos moradores observou algumas
mudanças nos chapéus. E a conversa foi aumentando, pois __________ (nascer)
muitas e diferentes plantas nos chapéus.
Depois de três meses __________ (nascer) os filhotes. E os
moradores __________ (passar) a discutir quais seriam os nomes dados aos novos
moradores.
Um ano depois, __________ (organizar) a festa de um ano do
chapéu, sabe quem era o convidado de honra? O vendedor de flores.
No dia seguinte da festa era só alegria. Os passarinhos
__________ (fazer) a maior algazarra e os moradores da cidade __________ (ser)
só generosidade e harmonia. Até já __________ (imaginar) a festa do ano
seguinte.
E a conversa nunca mais foi a mesma.
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